23 novembro, 2009

GREEN CORK – Reciclagem de Rolhas de Cortiça

Aqui fica mais um contributo que cada um de nós pode dar no combate à perda de biodiversidade.

Comece já a separar as rolhas de cortiça em sua casa! Coloque um cartaz e um rolhinhas na entrada do seu prédio! Convide os restaurantes da sua zona a separarem as rolhas de cortiça! Pode começar já a fazer a recolha de rolhas em sua casa, pode usar garrafões de água vazios (ver imagem em baixo), frascos, caixas de cartão, sacos ou outros recipientes para começar a recolha de rolhas e depois podem ir entregá-las a um hipermercado Continente, a um centro comercial Dolce Vita ou num agrupamento local do Corpo Nacional de Escutas. “


Contribua para este projecto que a todos beneficia, cada rolha é um contributo seguro para a plantação de mais uma árvore, para um ar mais limpo, para um ambiente melhor.


“O GREEN CORK é um Programa de Reciclagem de Rolhas de Cortiça desenvolvido pela Quercus, em parceria com a Corticeira Amorim, a Modelo/Continente e a Biological. Tem como objectivo não só a transformação das rolhas usadas noutros produtos, mas, também, com o seu esforço de reciclagem, permitir o financiamento de parte do Programa “CRIAR BOSQUES, CONSERVAR A BIODIVERSIDADE”, que utilizará exclusivamente árvores que constituem a nossa floresta autóctone, entre os quais o Sobreiro, Quercus suber.


O projecto foi construído tendo por base a utilização de circuitos de distribuição já existentes, o que permite obtermos um sistema de recolha sem custos adicionais, que possibilita que todas as verbas sejam destinadas à plantação de árvores. Tudo isto sem aumentar as emissões de CO2!”


“As rolhas de cortiça recicladas nunca são utilizadas para produzir novas rolhas, mas têm muitas outras aplicações, que vão desde a indústria automóvel, à construção civil ou aeroespacial.”


Porquê reciclar rolhas de cortiça?


A rolha de cortiça faz parte da embalagem do vinho e tal como noutras embalagens em que as tampas ou vedantes são reciclados, a rolha de cortiça também deve ser. Sem esta reciclagem a rolha de cortiça não se pode defender a rolha de cortiça como um produto ecológico. Defendendo a rolha de cortiça estamos também a defender o montado de sobro e a biodiversidade que lhe é associada.
A matéria-prima cortiça, como produto natural (que necessita de um tempo longo de crescimento) é limitada, pelo que o seu reaproveitamento não diminui a utilização da cortiça que sai das árvores, mas permite a sua utilização em outros produtos. Não serão feitas novas rolhas a partir das usadas, as rolhas serão matéria-prima para a produção de outros materiais como isolamentos de construção que substituem e se tornam mais competitivos em relação aos seus equivalentes sintéticos menos amigos do ambiente.


Este projecto de reciclagem ajudará o ambiente de 3 formas:
1 – redução de resíduos
2 – defesa da rolha de cortiça como produto plenamente ecológico e consequente defesa do montado
3 – plantação de novas árvores (espécies mediterrânicas)


Dados importantes a salientar:

_ De acordo com o último Inventario Florestal Nacional – 2005-2006, da DGFR (Direcção-Geral dos Recursos Florestais ) - o Sobreiro - em povoamentos puros e mistos dominantes e jovens - ocupa 736 700 há - passando a ser primeira espécie em termos de área ocupada em Portugal, constituindo também a maior área de sobreiro do Mundo.


_Portugal ainda é o maior produtor mundial de cortiça – em apenas 8% do território nacional produz-se mais de 50% da cortiça ao nível mundial.
_A exportação de produtos de cortiça representa cerca de 3% do total das exportações nacionais e ronda os 900 milhões de euros anuais, o que faz do nosso País o maior exportador de cortiça e produtos de cortiça do mundo.

É a única actividade económica em torna Portugal como líder mundial.


_Só em termos de avifauna, existem nos montados mais de 120 espécies, algumas com estatuto vulnerável ou ameaçadas de extinção como : Águia de Bonelli, a Águia-imperial ou a Cegonha-preta.


_Também o Lince-ibérico ocorreu nos sobreirais e montados portugueses, e se existir no futuro a recuperação da sua população, poderá voltar a ocorrer em Portugal, dada a disponibilidade de habitat existente.


“Assim, torna-se fundamental que o Estado português defenda devidamente os montados de sobro promovendo o desenvolvimento sustentável e estratégico de um sector que é tão importante para a economia nacional, garantindo a perenidade deste ecossistema florestal.” Domingos Patacho


Se cada um pode ajudar…porque não contribuir?



in: http://greencork.wordpress.com/

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