24 novembro, 2009

CRIAR BOSQUES

“Um homem terá pelo menos dado a partida para a descoberta do sentido da vida humana quando começar a plantar árvores frondosas sob as quais sabe muito bem que jamais se sentará.” D. Elton Truebood

O tema que se segue encontra-se relacionado com o tema de reciclagem das rolhas. Aconselho uma leitura mais aprofundada e uma visita ao site que se encontra com informação muito útil nomeadamente para que trabalhe ou se interesse pela nossa floresta.

“É hoje reconhecido o papel fundamental que as florestas têm na conservação do solo, na regulação do clima e do ciclo hidrológico, enquanto suporte de biodiversidade, sumidouro de CO2 e na produção de matérias-primas fundamentais à nossa vida quotidiana.

Em Portugal, grande parte da floresta natural desapareceu ou está muito alterada, sendo já raras algumas das nossas árvores autóctones. Para tal tem contribuído a adopção de modelos silvícolas baseados na simplificação dos ecossistemas florestais, reduzindo-os a meros conjuntos de árvores alinhadas da mesma espécie, grande parte das vezes exóticas de rápido crescimento.”

“CRIAR BOSQUES é um projecto da Quercus que visa criar e cuidar de bosques de espécies autóctones, árvores e arbustos originais da flora portuguesa. Através da colaboração com várias entidades e voluntários colhem-se sementes que germinamos em plantas, plantam-se árvores, cuidam-se de bosques, recupera-se a floresta portuguesa. “

Objectivos do CRIAR BOSQUES:


· Reproduzir árvores e arbustos autóctones, nomeadamente algumas espécies raras ou ameaçadas de extinção;
· Restabelecer o coberto arbóreo e arbustivo autóctone em áreas públicas e privadas, através da plantação/sementeira e do aproveitamento da regeneração natural;
· Disponibilizar plantas autóctones produzidas em viveiro para utilização em projectos de carácter conservacionista;

· Desenvolver uma componente de educação ambiental, designadamente através da criação de parques botânicos de espécies autóctones em espaços públicos e privados;
· Envolver entidades públicas e privadas no desenvolvimento do projecto através de acções que evidenciem a sua cultura de responsabilidade ambiental.

50.224 árvores e arbustos autóctones plantados em 2008/2009!

in: http://criarbosques.wordpress.com/










23 novembro, 2009

GREEN CORK – Reciclagem de Rolhas de Cortiça

Aqui fica mais um contributo que cada um de nós pode dar no combate à perda de biodiversidade.

Comece já a separar as rolhas de cortiça em sua casa! Coloque um cartaz e um rolhinhas na entrada do seu prédio! Convide os restaurantes da sua zona a separarem as rolhas de cortiça! Pode começar já a fazer a recolha de rolhas em sua casa, pode usar garrafões de água vazios (ver imagem em baixo), frascos, caixas de cartão, sacos ou outros recipientes para começar a recolha de rolhas e depois podem ir entregá-las a um hipermercado Continente, a um centro comercial Dolce Vita ou num agrupamento local do Corpo Nacional de Escutas. “


Contribua para este projecto que a todos beneficia, cada rolha é um contributo seguro para a plantação de mais uma árvore, para um ar mais limpo, para um ambiente melhor.


“O GREEN CORK é um Programa de Reciclagem de Rolhas de Cortiça desenvolvido pela Quercus, em parceria com a Corticeira Amorim, a Modelo/Continente e a Biological. Tem como objectivo não só a transformação das rolhas usadas noutros produtos, mas, também, com o seu esforço de reciclagem, permitir o financiamento de parte do Programa “CRIAR BOSQUES, CONSERVAR A BIODIVERSIDADE”, que utilizará exclusivamente árvores que constituem a nossa floresta autóctone, entre os quais o Sobreiro, Quercus suber.


O projecto foi construído tendo por base a utilização de circuitos de distribuição já existentes, o que permite obtermos um sistema de recolha sem custos adicionais, que possibilita que todas as verbas sejam destinadas à plantação de árvores. Tudo isto sem aumentar as emissões de CO2!”


“As rolhas de cortiça recicladas nunca são utilizadas para produzir novas rolhas, mas têm muitas outras aplicações, que vão desde a indústria automóvel, à construção civil ou aeroespacial.”


Porquê reciclar rolhas de cortiça?


A rolha de cortiça faz parte da embalagem do vinho e tal como noutras embalagens em que as tampas ou vedantes são reciclados, a rolha de cortiça também deve ser. Sem esta reciclagem a rolha de cortiça não se pode defender a rolha de cortiça como um produto ecológico. Defendendo a rolha de cortiça estamos também a defender o montado de sobro e a biodiversidade que lhe é associada.
A matéria-prima cortiça, como produto natural (que necessita de um tempo longo de crescimento) é limitada, pelo que o seu reaproveitamento não diminui a utilização da cortiça que sai das árvores, mas permite a sua utilização em outros produtos. Não serão feitas novas rolhas a partir das usadas, as rolhas serão matéria-prima para a produção de outros materiais como isolamentos de construção que substituem e se tornam mais competitivos em relação aos seus equivalentes sintéticos menos amigos do ambiente.


Este projecto de reciclagem ajudará o ambiente de 3 formas:
1 – redução de resíduos
2 – defesa da rolha de cortiça como produto plenamente ecológico e consequente defesa do montado
3 – plantação de novas árvores (espécies mediterrânicas)


Dados importantes a salientar:

_ De acordo com o último Inventario Florestal Nacional – 2005-2006, da DGFR (Direcção-Geral dos Recursos Florestais ) - o Sobreiro - em povoamentos puros e mistos dominantes e jovens - ocupa 736 700 há - passando a ser primeira espécie em termos de área ocupada em Portugal, constituindo também a maior área de sobreiro do Mundo.


_Portugal ainda é o maior produtor mundial de cortiça – em apenas 8% do território nacional produz-se mais de 50% da cortiça ao nível mundial.
_A exportação de produtos de cortiça representa cerca de 3% do total das exportações nacionais e ronda os 900 milhões de euros anuais, o que faz do nosso País o maior exportador de cortiça e produtos de cortiça do mundo.

É a única actividade económica em torna Portugal como líder mundial.


_Só em termos de avifauna, existem nos montados mais de 120 espécies, algumas com estatuto vulnerável ou ameaçadas de extinção como : Águia de Bonelli, a Águia-imperial ou a Cegonha-preta.


_Também o Lince-ibérico ocorreu nos sobreirais e montados portugueses, e se existir no futuro a recuperação da sua população, poderá voltar a ocorrer em Portugal, dada a disponibilidade de habitat existente.


“Assim, torna-se fundamental que o Estado português defenda devidamente os montados de sobro promovendo o desenvolvimento sustentável e estratégico de um sector que é tão importante para a economia nacional, garantindo a perenidade deste ecossistema florestal.” Domingos Patacho


Se cada um pode ajudar…porque não contribuir?



in: http://greencork.wordpress.com/

14 novembro, 2009

o nosso jardim contibui para a biodiversidade...

Visto estarmos a cerca de mês e meio de 2010...que será o ano da biodiversidade, aqui fica uma pequena nota sobre a importância dos jardins privados, por mais pequenos que sejam.

"visitar" o nosso jardim e ir mantendo, não significa desestabiliza-l
o constantemente, pelo contrario, significa prolongar o equilíbrio e deixar que evolua saudavelmente.
"As folhas, os ramos e os troncos caídos de um bosque são nichos específicos para animais que enriquecem a diversidade biológica"
Deixar o jardim evoluir demasiado, sem manter o equilíbrio adequado vai levar a quebras que poderão alterar nichos e frustrar o desenvolvimento das plantas, especialmente se for em
épocas do ano como o Inverno, Primavera ou Verão.

O Outono é a altura adequada para reabilitar o jardim, ou reordenar o que deseje. Nesta época as plantas encontram-se em abrandamento vegetativo, algumas aves mudam de ninho e mesmo os animais invertebrados acalmam o seu ciclo de vida.
O tipo de vida animal de cada jardim vai depender da vegetação utilizada. A vegetação autóctone atrai mais aves p.ex. uma vez que se adapta melhor aos locais e preenche os requisitos de abrigo e habitat.
Os poucos "vazios" da malha urbana fazem dos nossos jardins os habitats perfeitos à vida animal. "Esse complemento do lar, o pequeno espaço verde, não é um luxo, é uma necessidade face à ligação estrutural e psicológica que todos temos com a natureza, sejam daqueles que desatam à bofetada a alguma vespa que voe perto ou dos que lhe estendam a mão a ver se pousa".

Quando não há espaço para um jardim, há sempre um mínimo que seja no terraço, varanda ou janelas.
As nossas cidades possuem maioritariamente edifícios...restando-nos a nível privado os terraços, varandas, janelas e mais comummente mas ainda pouco desenvolvidos (em Portugal, pelo menos) as coberturas verdes ou jardins verticais.
"Não é nada que a natureza já não tivesse sugerido: os muros rústicos dos campos cobrem-se de plantas espontâneas e tornam-se abrigos extraordinários para a vida selvagem"
Eindhoven, 2009


A fragmentação de habitats, levou ao isolamento, criando quase que "ilhas" de biodiversidade biológica, isto tudo devido à evolução cinzenta das cidades.
Ao reservar abrigo, agua e alimento no seu jardim estará
ajudar o ciclo das aves migratórias melhorando e promovendo a biodiversidade através do aumento do número de elementos sobreviventes da viagem.
"quando um pisco-de-peito-ruivo cantar numa destas manhãs, mesmo às escuras, no seu quarto, estará a colher os benefícios do apoio que der à natureza perto de si, com a noção de que o ser humano faz parte dela e esta só faz sentido com a maior diversidade possível" Jorge Gomes


fonte: Parques e vida selvagem, Outubro 2009

12 novembro, 2009

Vamos limpar Portugal, NÓS CONSEGUIMOS!!!

è iniciativas destas que estamos mesmo a precisar!! :) juntando a todas as outras que tenho visto (mas que não tenho tido oportunidade de divulgar aqui) sobre a plantação de espécies autoctones no nosso país.

"Divulgação de uma iniciativa civil para limpar o nosso país.
Há um ano na Estónia a população conseguiu limpar o país num só dia. As pessoas tiveram força de vontade, organizaram-se, e a mobilização foi fenomenal!
Quem ficou a ganhar foi o país. (o vídeo é impressionante:
http://www.youtube.com/watch?v=T7GzfMD6LHs
)
Agora em Portugal foi lançado o mesmo desafio:
"Limpar Portugal" no dia 20 de Março de 2010.
Inscrevam-se e divulguem por favor: http://limparportugal.ning.com

Para ter um país mas limpo, organizado e com menos incêndios!


apanhar lixo...e dos outros...não é agradável e é cansativo...mas pode ter um lado divertido, é um dia diferente e vai ter um grande impacto nos tempos seguintes...
se vai adiantar alguma coisa? eu acredito que sim...lixo trás mais lixo...e se as autoridades devidas passarem a tomar mais atenção há locais que podem voltar a não ter lixo!
já se redimiu-o do que poluiu hoje? :) aproveite!

Horta de Subsistência

Aqui fica mais um bom exemplo de integração de hortas urbanas...

"Face à nova realidade social de maior desemprego e dificuldades económicas acrescidas para algumas famílias, a Câmara Municipal a Maia, em parceria com a Lipor, está a desenvolver um projecto pioneiro a nível nacional, que consiste na implementação de uma horta com um fundo social, denominada de Horta de Subsistência, com o objectivo especifico de reforçar o rendimento familiar através da possibilidade de venda dos produtos produzidos na horta e, ainda, com o objectivo de promover as boas práticas agrícolas através do modo de produção biológico.

Esta Horta de Subsistência, que se localiza na Rua da Igreja na Freguesia de Sta. Maria de Avioso, conta com a disponibilidade de 41 talhões, com cerca de 100m2 cada, estando já marcada a sua inauguração para o próximo sábado, dia 14, pelas 15.00 horas, numa cerimónia que inclui a assinatura dos Acordos de Utilização com os inscritos (na eventualidade de chover a cerimónia realizar-se-á no Complexo de Educação Ambiental da Quinta da Gruta).


Sendo um projecto inovador a nível nacional, o Município da Maia apresenta-se, uma vez mais, como pioneiro nas questões da protecção e defesa de um meio ambiente melhor para todos. "

10 novembro, 2009

2010 – Internacional year of biodiversity


Seven steps to save biodiversity

The year 2010 is just around the corner. There’s an emerging consensus about what needs to be done to save biodiversity in the next few months:
· Species and ecosystems need space to develop and recover. At least 10% of all ecosystem types should be under protection to maintain nature and natural landscapes.
· Without biodiversity there will be no agriculture. Farming practices should not jeopardize species survival: improving farmland diversity and reducing the usage of pesticides and fertiliser are key efforts to saving biodiversity. Organic agriculture practices can serve as an example in many areas.
· 75% of all fisheries are fully exploited or over-fished. Species like cod, haddock and halibut are already threatened. If we do not move towards sustainable use, there will be no fish left for our grandchildren.
· Roads, factories and housing destroy habitats for animals and plants. If urban and rural development continues to ignore nature, our surroundings will be dominated by concrete and pollution.

· Climate change is considered to be the greatest challenge for humanity. With changing conditions, ecosystems and habitats will change as well. It is an obligation to fight climate change and make sure that species can migrate or adapt to new surroundings.
· If you release a species outside its usual habitat, it might simply die. In other cases, the so-called alien invasive species have thrived and destroyed local flora and fauna. As you never know how things turn out, reducing these invasions is crucial.
· Biodiversity is the foundation for sustainable development. Its ecosystem services provide the basis for all economic activity. Biodiversity concerns need thus be integrated into all areas of policy-making. Measures include market incentives, development assistance, biodiversity-friendly trade and international governance processes.

What YOU can do…

Ten things we all can do that make a difference!
1. Take public transportation, bike, walk, or carpool to work at least one day a week. Avoid air travel where possible.
2. Buy food, preferably organic food—vegetables, fruits, dairy, eggs, and meat—from a farmer’s market at least one day a week.

3. Eat sustainably harvested seafood and farmed fish that is herbivorous, like catfish, tilapia, and shellfish. Avoid farmed carnivorous fish like salmon and shrimp.
4. Install at least one compact fluorescent light bulb in your home—it will save roughly 30 EUR in electricity and replacement bulb costs each year, and reduce carbon emissions by a ton every three years.

5. Turn off lights in empty rooms.

6. Lower the thermostat by at least 1 degree ° C in winter.

7. Stop using herbicides and pesticides on your lawn.
8. Only drink wines with natural cork stoppers.
9. Tell everyone what you are doing to conserve biodiversity and ask them to join you. Support representatives who act for biodiversity.
10. Above all, do not waste—reduce your consumption, buy only what you really need, and re-use and re-cycle whatever and whenever you can.


in: www.countdown2010.net

09 novembro, 2009

simbolos perdidos

No passado dia 24 e 25 de Outubro, decorreu na Quinta da Regaleira o Colóquio Internacional de “Moradas Filosofais”.

Por “morada filosofal” entenda-se “um objecto, uma obra de arte ou um lugar que contenha em si determinados elementos iconográficos (construções, objectos, símbolos, etc.) que remetam para um sentido de transcendência do ponto de vista hermético, religioso ou político que têm origem na geometria sagrada e remontam ao antigo Egipto – ou mais recentemente, às sagas de Harry Potter ou de Robert Langdon, o herói de Dan Brown.

Há edifício ou propriedades que quando se entra, se sente uma atmosfera estranha. Locais estranhos, carregados de história, envoltos num ambiente de ornamentação de portas, janelas, salas, quartos, tectos, etc.

Basta acreditar para lançar a busca ao símbolo perdido.

Numa morada filosofal toda a decoração provém de uma intenção, que esconde o significado.

Destaca-se aqui a Quinta de Serralves e a Quinta da Regaleira. “ Os jardins do museu de Serralves tem muito que se diga. Estamos a falar de um projecto de um paisagista francês conhecedor da Leis de Hermes”. Na maior parte dos casos não se sabe quem foi o autor do projecto, ou foram projecto que sofreram evoluções por diversos autores em épocas diferentes.

A Quinta da Regaleira, envolve-se num ambiente misterioso obtido pelo tipo de jardins e vegetação que apresenta. Construída entre 1904 e 1910, ficou associada a António Carvalho Monteiro que ali fundou o seu lugar de eleição. Detentor de uma fortuna avultada que lhe concedeu a alcunha de “Monteiro dos Milhões”. Contratou Luigi Manini, arquitecto e cenógrafo italiano, que trouxe consigo os escultores, canteiros e entalhadores que haviam trabalhado no Palace Hotel do Buçaco.

Destaca-se aqui como forma de exemplo, o jazigo, de construção esotérica, de António Carvalho Monteiro no cemitério dos prazeres, pelo mesmo arquitecto que lhe construiu a quinta.”Desde o formato do talhão (planta hexagonal) aos elementos de estatuária, tudo denota uma “tradução plástica de um ideário”. Tanto pode ser o anjo da morte sobrepujado por um baldaquino, que simboliza a extracção do corpo e alma do moribundo, como a borboleta cinzelada que remeta para a libertação do casulo do tempo. A porta estreita e alta que conduz ao Céu, o “quarto de dormir” com aldraba, a chave – a mesma que abria as porta das Regaleira – a cripta das traseiras onde figuram as duas tíbias cruzadas encimadas por uma caveira, as duas corujas protectoras ou as papoilas dormideiras, ícone botânico da ressurreição.

Esta abordagem de analise os espaços, nomeadamente a nível de jardins, pode suscitar uma perspectiva muito interessante, realçando pequenos elementos e características que de outra forma, provavelmente nem daríamos atenção


fonte texto: Revista Notícias Sábado, 7 Novembro 2009

03 novembro, 2009

countdown 2010 - SAVE BIODIVERSITY

Faltam exactamente 422 dias para o fim desta contagem...
será que se consegui mesmo minimizar a perda de biodiversidade?...

O desenvolvimento das sociedades no últimos tempo, enriqueceu e favoreceu a vida da humana, mas está associado ao declínio da biodiversidade – perda a nível de ecossistemas – “serviços” estes que dedicam à produção de elementos que equilibram o nosso ambiente, como a produção de alimentos, regularização de recursos hídricos, ar, clima, fertilidade dos solos, ciclo de nutrientes, etc…

“A recente avaliação do Ecossistema do Milénio lançada pelo Secretário – Geral das Nações unidas salientam que a maioria desses serviços se encontra em declínio. (…) o problema fundamental é o facto de estarmos a gastar o capital natural da terra e pôr em risco a capacidade dos ecossistemas para sustentar gerações futuras.”

Na tentativa de contrariar este futura próximo os chefes de Estado e do Governo da EU, acordaram em 2001, suster o declínio da biodiversidade até 2010, recuperando habitats e sistemas naturais. “Em 2002 juntaram-se cerca de 130 líderes, tendo-se comprometido a reduzir significativamente o declínio da biodiversidade [a nível global] até 2010”

“há duas ameaças específicas à biodiversidade da EU que são destacadas. Em primeiro lugar a utilização e desenvolvimento irreflectidos dos solos. Os Estados Membros são especialmente responsáveis pela reconciliação, através de um melhor planeamento das necessidades de utilização e desenvolvimento dos solos com a conservação da biodiversidade e a manutenção dos serviços ecossistémicos. Em segundo lugar, o impacto crescente das alterações climáticas na biodiversidade, o que reforça a necessidade imperativa de uma acção eficaz em matéria de emissão de gases com efeito de estufa para além dos objectos do Protocolo de Quioto.”

“De acordo com a Avaliação do Ecossistema do Milénio, cerca de dois terços dos serviços ecossitémicos encontram-se em declínio em todo o Mundo, comprometidos pela sobreutilização e perda de biodiversidade das espécies que asseguram a sua estabilidade. “

“A Avaliação do Ecossistema do Milénio demonstrou que os ecossistemas da Europa sofreram uma fragmentação induzida pelo homem maior do que a dos ecossistemas de qualquer outro continente. A título de exemplo, apenas 1-3% das florestas da Europa Ocidental podem ser consideradas como “sem intervenção humana”; desde a década de 50, a Europa perdeu mais de metade das suas zonas húmidas e a maior parte das suas terras agrícolas de elevado valor natural; muitos dos ecossistemas marinhos da UE encontram-se degradados. A nível de espécies, 42% dos mamíferos nativos da Europa, 43% das aves, 45% das borboletas, 30% dos anfíbios, 45% dos répteis e 52% dos peixes de água doce encontram-se ameaçados de extinção; a maioria das principais unidades populacionais de peixes marinhos encontra-se a níveis inferiores aos limites biológicos seguros; …”

“A nível mundial, a perda de biodiversidade é ainda mais alarmante. Desde os finais da década de 70, foi destruída uma área de floresta tropical húmida maior que a área da UE, em grande parte para a exploração de madeira, culturas como a soja e o óleo de palma e a criação de gado bovino, e todos os 3-4 anos é destruída uma área equivalente à dimensão da França.”

Mais informações em www.countdown2010.net