07 dezembro, 2008

Arquitectura Verde no Japão

Surpreendente edifício, o “ACROS Fukuoka” na cidade de Fukuoka no Japão. Como podem ver nas imagens, os terraços ajardinados alcançam uma altura de 60 metros, contêm mais de 35.000 plantas representando 76 espécies.
Os arquitectos, Emílio Ambasz & Associados criaram este projecto de forma a encaixar o imóvel tanto quanto possível no “espaço verde”.
Os telhados verdes, reduzem o consumo energético, mantêm a temperatura interior constante e confortável, possibilitam o aproveitamento das águas da chuva e suportam um mundo maravilhoso de insectos e pássaros. Um grande sucesso no Japão.






05 dezembro, 2008

BUTE?...ciclovias em meio urbano


A Universidade do Porto, em parceria com a empresa de Aveiro IdeiaBiba e a Câmara do Porto, vai distribuir gratuitamente quatro mil bicicletas nos próximos quatro anos. O objectivo é que as BUTE (Bicicletas de Utilização Estudantil) sejam utilizadas pela comunidade académica - estudantes, docentes e funcionários. O projecto, que nasceu há cerca de um ano, iniciou a sua implantação na Universidade do Minho, onde as primeiras bicicletas foram entregues em Janeiro deste ano.

As candidaturas são recebidas pelos Serviços de Acção Social da Universidade do Porto (SASUP), sendo a atribuição gratuita. Mas é proibido o seu uso fora do âmbito académico. Aos fins-de-semana, por exemplo, a BUTE tem que ser estacionada em parques construídos para esse propósito nas universidades e politécnicos. A Universidade do Porto, em parceria com a empresa de Aveiro IdeiaBiba e a Câmara do Porto, vai distribuir gratuitamente quatro mil bicicletas nos próximos quatro anos.
in: www.forumdourbanismo.info/index.php


A questão que coloco é: Estão as nossas cidades preparadas para a população andar de bicicleta? ...e estará a população preparada para ter ciclista? e os automobilistas, sabem partilhar a estada com estes?
Recomendo a consulta do site: http://bicicletanacidade.blogspot.com/2007/05/cdigo-da-estrada-tudo-o-que-precisa.html
Saliento aqui alguns pontos que me chamam mais atenção...
"Artigo 31.º
Cedência de passagem em certas vias ou troços

1 - Deve sempre ceder a passagem o condutor:
a) Que saia de um parque de estacionamento, de uma zona de
abastecimento de combustível ou de qualquer prédio ou
caminho particular;
c) Que entre numa rotunda.
2 - Todo o condutor é obrigado a ceder a passagem aos veículos que
saiam de uma passagem de nível.

Artigo 32.º
Cedência de passagem a certos veículos

4 - O condutor de um velocípede, de um veículo de tracção animal ou
de animais deve ceder a passagem aos veículos a motor, salvo nos
casos referidos nas alíneas a) e c) do n.º 1 do artigo anterior.
5 - Quem infringir o disposto nos números anteriores é sancionado
com coima de € 120 a € 600."

04 dezembro, 2008

Arborização urbana - escolha de espécies


São indiscutíveis os benefícios que as árvores proporcionam para a qualidade de vida na cidade. Além de embelezar o ambiente elas tem um papel fundamental reduzindo diversos tipos de poluição, tais como a poluição do ar, da água, do solo, visual e sonora.
Elas absorvem o carbono gerado pelas pessoas, fábricas, lixo, automóveis, etc e nos devolvem o oxigénio, tão essencial à vida.
Suas copas densas funcionam como barreiras contra ruídos, ventos, água e luz, e servem de refúgio em dias de sol escaldante ou chuvosos.
Elas ainda oferecem abrigo e alimento às aves, que são importantes aliadas no controle de insectos transmissores de doenças nas cidades.
Uma cidade bem arborizada tem um clima melhor de se viver, é mais agradável, aprazível e saudável de várias formas.
No entanto, apesar de todas estas qualidades, as árvores são deixadas em segundo plano, com a desculpa de que irão destruir calçadas, calhas, muros, canalizações, linhas de alta tensão ou então irão provocar lixo nas ruas e até mesmo acidentes com a queda dos frutos e galhos.
Em geral os problemas relacionados com as árvores e seus “pontos negativos” estão intimamente ligados ao mau maneio, escolha de espécies inadequadas e plantação em locais impróprios.
Todas estas dificuldades podem ser facilmente evitadas com um bom planeamento urbano.
Todas as cidades devem ter um plano de arborização, para ser utilizado pelos funcionários e empresas envolvidos directamente na plantação e maneio de árvores e para que os moradores saibam quais as diretrizes do plano e respeitem as leis ambientais envolvidas.
As questões envolvidas no planeamento incluem: o que plantar? (qual espécie, variedade, porte), como plantar? (quais os procedimentos adequados), qual o maneio envolvido? (qual a manutenção que a espécie vai gerar, como podas, adubações, desinfecções), onde? (em calçadas, parques, praças, residências, escolas, etc.) e quando? (em que fase da urbanização, em que idade da muda).
Um estudo detalhado deve ser realizado e cada cidade é um caso diferente, existem diferentes normas de urbanização e paisagismo que norteiam a elaboração do plano de arborização, mas cada uma deve ter uma interpretação de acordo com as necessidades de cada município.
Uma destas normas diz respeito à escolha das árvores e não há uma lista pronta que possa ser usufruída por todos.
Mas alguns pontos devem ser levados em consideração tais como:
  • Dar preferência às árvores nativas: São elas que oferecem melhor equilíbrio ecológico e abrigo à fauna. Em geral são muito bem adaptadas ao clima e às condições da região e terão crescimento vigoroso.
  • Resistência às doenças, pragas e poluição: É oneroso e inadequado a plantação de árvores que necessitem pulverizações periódicas com defensivos. Da mesma forma plantas que abrigam doenças e pragas se tornarão foco para plantações comerciais de importância económica localizadas próximo às cidades.
  • Comportamento de raízes e porte: Embora estejam relacionados, nem sempre árvores de pequeno porte têm raízes adequadas. Raízes agressivas que levantam o pavimento depois de um tempo e árvores de grande porte devem ser evitadas em calçadas, sob fios de alta tensão e próximo das construções, mas vão muito bem em espaços públicos amplos, como parques.
  • Dar preferência às árvores rústicas, de rápido crescimento ou mudas já bem desenvolvidas, pois nas ruas elas estão sujeitas a vandalismos e predações.
  • Evitar árvores de fruto, principalmente as exóticas e as de frutos grandes, que podem provocar acidentes na queda e sujar as vias urbanas.
  • Evitar árvores exóticas de potencial invasivo, com facilidade de propagação por sementes.
  • Dar preferência a árvores de madeira resistente, evitando assim queda de galhos e troncos durante temporais ou devido a apodrecimentos.
  • Árvores perenes são preferíveis em cidades de clima quente, já árvores caducas no inverno são interessantes em cidades de clima frio, pois permitem a passagem da luz solar.
  • A copa das árvores escolhidas deve ser adequada ao local da plantação, em formato e tamanho evitando-se assim que esconda a sinalização, danifique automóveis, edifícios e pessoas e interfira nos fios elétricos e de telefone.
  • Evitar árvores de folhas e frutos tóxicos, principalmente em praças, parques infantis ou passeios onde circulem crianças.

Fonte: www.jardineiro.net

Paisagismo e valor dos imóveis

Factores como localização, área, qualidade da construção e orientação solar são determinantes para se chegar ao valor de um imóvel.
Mas todos estes pontos podem ser favorecidos ou prejudicados pela sua apresentação.
Neste contexto, um paisagismo planeado, com a manutenção adequada, pode valorizar o empreendimento entre 10% e 30%.
Este facto foi comprovado por estudos feitos no mercado imobiliário dos Estados Unidos. Segundo pesquisas, o paisagismo assume a recepção ao comprador em potencial, proporcionando a primeira impressão que pode ser positiva, impulsionando o negócio, ou negativa, dificultando a venda.
Foi ainda destacado que imóveis similares, na mesma região, podem ser vendidos por preços diferentes, se um deles proporcionar um forte impacto em função do paisagismo.
Relatórios também confirmam que investimentos neste sector dão um retorno entre 100% e 200%, enquanto em piscinas este índice fica entre 20% e 50%.
O que pode ser concluído é que quando um imóvel for destinado à venda, deve ser dada especial atenção ao jardim.
Árvores e flores normalmente precisam de um tempo de manutenção para alcançar suas finalidades, o que muitas vezes entra em conflito com a necessidade de venda rápida.
A implantação ou melhoria de relvados podem contribuir de forma rápida para acelerar a venda e valorizar o imóvel.

Fonte: Green Grass